É óbvio, para quase todo mundo, que algumas pesquisas eleitorais acertam mais do que outras. Menos óbvio é saber em quais pesquisas confiar. É justamente essa pergunta que buscamos responder desde a sua concepção – e aqui, trazemos o que você precisa saber para identificar o que torna algumas pesquisas mais distantes da realidade do que outras.
Erros são esperados
Erros são esperados
Antes de tudo, é importante entender que toda pesquisa eleitoral erra quando comparamos seus percentuais com o resultado das eleições. Isso é natural. Afinal, o eleitor sempre pode mudar de ideia entre o dia da pesquisa e a hora de digitar o voto. Também existe a chance de um instituto ter entrevistado, por puro 'azar', um grupo de pessoas que não representa o eleitorado (a maioria dos estatísticos assume que há uma chance de 5% disso acontecer em toda pesquisa).
Por isso, a pergunta certa a se fazer sobre uma pesquisa eleitoral não é se ela erra, mas quanto ela erra. Pesquisas mais próximas da eleição tendem a ser mais exatas que pesquisas feitas muito antes do pleito, dado que a incerteza do eleitor é menor. Da mesma forma, quanto maior o número de pessoas entrevistadas aleatoriamente, menor a chance da pesquisa selecionar um grupo que não representa o eleitorado.
Além disso, certos pleitos são mais incertos do que outros. Eleições para prefeito, por exemplo, são mais incertas do que eleições para governador. Considerando que as pesquisas não conseguem prever reviravoltas eleitorais, elas tendem a errar mais nos pleitos municipais.
No entanto, apenas esses fatores não explicam por que algumas pesquisas acertam mais do que outras. Embora todas as empresas de pesquisa estejam sujeitas à incerteza e ao azar, ainda há uma diferença grande entre os desempenhos de cada instituto.
Por isso, a pergunta certa a se fazer sobre uma pesquisa eleitoral não é se ela erra, mas quanto ela erra. Pesquisas mais próximas da eleição tendem a ser mais exatas que pesquisas feitas muito antes do pleito, dado que a incerteza do eleitor é menor. Da mesma forma, quanto maior o número de pessoas entrevistadas aleatoriamente, menor a chance da pesquisa selecionar um grupo que não representa o eleitorado.
Além disso, certos pleitos são mais incertos do que outros. Eleições para prefeito, por exemplo, são mais incertas do que eleições para governador. Considerando que as pesquisas não conseguem prever reviravoltas eleitorais, elas tendem a errar mais nos pleitos municipais.
No entanto, apenas esses fatores não explicam por que algumas pesquisas acertam mais do que outras. Embora todas as empresas de pesquisa estejam sujeitas à incerteza e ao azar, ainda há uma diferença grande entre os desempenhos de cada instituto.
A causa dessa discrepância está em razões pouco discutidas, como amostras mal feitas, entrevistas sem supervisão e resultados divulgados com erros por quem contratou a pesquisa.
Veja o que Pablo Marçal falou sobre pesquisas eleitorais. Confira o vídeo.