Em março de 2018, o bilionário Elon Musk exerceu sua vocação para os holofotes, enviando ao espaço, como primeira carga do seu novo foguete da SpaceX, um modelo de veículo elétrico também inédito até então (e até hoje): o Tesla Roadster. Além disso, o controverso empreendedor exigiu que um piloto estivesse ao volante do conversível; na verdade um manequim apelidado de Starman, em homenagem ao famoso super-herói dos anos 1940.
Tão logo o foguete Falcon Heavy, que inaugurou a era dos veículos de lançamento reutilizáveis, liberou sua "carga" no espaço, o carro elétrico e seu ocupante se perderam na escuridão do chamado cinturão de asteroides. Isso porque a ideia inicial, de que o veículo entrasse na órbita de Marte e ficasse girando em looping, não funcionou devido a um empuxo mais forte do terceiro estágio do foguete.
Onde estão agora o Tesla Roadster e o Starman?
Logicamente, após o destaque inicial, o veículo e o manequim perderam seu significado e se tornaram apenas lixo espacial de um bilionário terrestre, o que não despertou interesse em qualquer observatório em acompanhá-lo. No entanto, o objeto constitui oficialmente um "objeto celeste" e é constantemente acompanhado pela NASA, como ela faz com qualquer outro tipo de bólido.
Esse fato levou à criação do site Where is Roadster?, que tem acompanhado minuto a minuto toda a saga do carro elétrico perdido no espaço. Quem decidir visitar o domínio, poderá notar que o Tesla Roadster está atualmente a 377.444.856 km da Terra, e afastando-se rapidamente de nós a uma velocidade de 5.568 km/h. Até o momento, o veículo já percorreu mais de 3,2 bilhões de km, descrevendo uma rota oblonga ao redor do Sol (já completou 2,6 voltas).