Depois de um longo período sem conceder entrevista à imprensa, o ex-prefeito de Itaboraí, Sadinoel Souza, quebrou o silêncio e falou tudo sobre o seu trabalho quando era chefe do executivo e analisou a atual conjuntura política da cidade.
Sadinoel Souza é advogado, foi eleito deputado estadual em 2014 com 30.504 votos e em 2016 alcançou a surpreendente marca de 56.317 votos, consagrando-se o prefeito mais votado na história do município de Itaboraí.
Em entrevista ao JLN, o ex-prefeito mencionou as adversidades que encontrou no começo de seu mandato e afirmou que se esforçou muito para organizar a situação.
“Pegamos a cidade com uma quantidade absurda de problemas. Os servidores estavam com os salários atrasados e há vários anos sem aumento. Para ter uma ideia, só de cooperativa nós tínhamos seis salários para acertar. Assumi uma prefeitura completamente falida. Foram quatro anos colocando a casa em ordem, me dediquei muito à parte administrativa, mas com o esforço de todos recuperamos as finanças do município", disse Sadinoel.
O ex-prefeito também aproveitou para citar algumas realizações.
“Nós realizamos muitas coisas que as pessoas não sabem. Desapropriamos o Leão XIII, criamos o CESI, que hoje é o melhor serviço que temos na cidade, fizemos o Centro Cardiológico e implantamos o Centro de Especialidades, considerado o melhor da região. Conseguimos botar algo em torno de 50 mil metros de manilhas, fabricadas pelo próprio município. O atual prefeito diz que humanizou a maternidade, isso não é verdade. Quem humanizou fomos nós. Na época quem conseguiu a verba foi Soraya Santos. Infelizmente eu não dei muita publicidade para essas conquistas. Isso foi um erro”, disse.
“Nós realizamos muitas coisas que as pessoas não sabem. Desapropriamos o Leão XIII, criamos o CESI, que hoje é o melhor serviço que temos na cidade, fizemos o Centro Cardiológico e implantamos o Centro de Especialidades, considerado o melhor da região. Conseguimos botar algo em torno de 50 mil metros de manilhas, fabricadas pelo próprio município. O atual prefeito diz que humanizou a maternidade, isso não é verdade. Quem humanizou fomos nós. Na época quem conseguiu a verba foi Soraya Santos. Infelizmente eu não dei muita publicidade para essas conquistas. Isso foi um erro”, disse.
Sadinoel comentou sobre as ações que ele gostaria de ter realizado pelo município durante seu mandato, mas que não foram possíveis.
“Eu gostaria muito de ter concluído a obra do Hospital Municipal São Judas Tadeu, que encontrava-se completamente abandonado e nós conseguimos desapropriar, com ajuda do Ministério Público Estadual, que deu 4,2 milhões para o município desapropriar o hospital, isso é inédito no Brasil! Depois o governo do Estado botou mais 11 milhões para a gente fazer aquela obra. Inauguramos o São Judas com 30 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), para atendimento exclusivo de vítimas da Covid-19. O nosso projeto era transformar o Leal Junior no hospital da criança e do idoso e maternidade, ou seja, um hospital “limpo”, e levar toda urgência e emergência para o São Judas Tadeu, que contaria até mesmo com um heliponto. Também já estava quase certo fazer do São Judas um hospital referência para tratamento de Covid, mas infelizmente a crise no Governo Estadual impossibilitou o processo”, disse.
“Eu gostaria muito de ter concluído a obra do Hospital Municipal São Judas Tadeu, que encontrava-se completamente abandonado e nós conseguimos desapropriar, com ajuda do Ministério Público Estadual, que deu 4,2 milhões para o município desapropriar o hospital, isso é inédito no Brasil! Depois o governo do Estado botou mais 11 milhões para a gente fazer aquela obra. Inauguramos o São Judas com 30 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), para atendimento exclusivo de vítimas da Covid-19. O nosso projeto era transformar o Leal Junior no hospital da criança e do idoso e maternidade, ou seja, um hospital “limpo”, e levar toda urgência e emergência para o São Judas Tadeu, que contaria até mesmo com um heliponto. Também já estava quase certo fazer do São Judas um hospital referência para tratamento de Covid, mas infelizmente a crise no Governo Estadual impossibilitou o processo”, disse.
Sobre o governo Delaroli
O JLN perguntou ao ex-chefe do executivo se ele podia fazer uma avaliação do atual governo.
“É um governo que na transição pegou uma prefeitura com 40 milhões em caixa, aumento de 10% para os servidores do município e todos os salários pagos até fevereiro e a saúde com um estoque de medicamentos que foi usado até o ano passado. Deixei tudo em dia para Marcelo Delaroli. Fico feliz pelo fato de ele estar conseguindo o apoio do Governo do Estado para obras de infraestrutura. Infelizmente eu não tive a mesma sorte”, afirmou.
O JLN perguntou ao ex-chefe do executivo se ele podia fazer uma avaliação do atual governo.
“É um governo que na transição pegou uma prefeitura com 40 milhões em caixa, aumento de 10% para os servidores do município e todos os salários pagos até fevereiro e a saúde com um estoque de medicamentos que foi usado até o ano passado. Deixei tudo em dia para Marcelo Delaroli. Fico feliz pelo fato de ele estar conseguindo o apoio do Governo do Estado para obras de infraestrutura. Infelizmente eu não tive a mesma sorte”, afirmou.
Candidatura de Zeidan em Itaboraí
Em relação a uma possível candidatura de Zeidan à prefeitura da cidade, o ex-prefeito disse que não vê nenhum problema em ela querer disputar em Itaboraí, desde que respeite as leis eleitorais. Contudo, ele ressalta a importância do candidato ter vínculo com os moradores.
“Respeitando as leis eleitorais não tem problema nenhum ela ser candidata aqui em Itaboraí. Mas é importante que o candidato conheça os moradores, principalmente as famílias tradicionais. Sendo assim, com todo respeito ao próprio Marcelo e a Zeidan, se não existe um vínculo entre o morador e o político, também não haverá respeito. É a mesma coisa eu ser candidato a prefeito de Maricá e ganhar a eleição, dificilmente eu vou dar o devido respeito para população, pois não existe um vínculo com os moradores. No entanto, assim como eu torço pelo sucesso do atual prefeito, eu também vou torcer por ela caso ganhe a eleição”, disse Sadinoel.
No final da entrevista o ex-chefe do executivo afirmou que não será candidato em 2024.
“Não serei candidato em 2024. No momento, estou focado no meu trabalho e atendendo muitas pessoas todos os dias no meu escritório de advocacia. Mas continuarei lutando pelo progresso da cidade e melhores condições de vida para os itaboraienses”, finalizou.