Caminhada mobiliza população de Maricá pelo Setembro Amarelo


Dezenas de pessoas se uniram para lembrar a importância dos cuidados com a saúde mental

Com o slogan "Corpo são, mente sã", a Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realizou no sábado (23/09) uma caminhada pela campanha de prevenção ao suicídio, o Setembro Amarelo, na região central da cidade. A ação destacou o tema "Se precisar, peça ajuda!”, e reuniu mais de 100 pessoas reforçando que o bem estar da saúde mental é coisa séria.

Com direito a muita cantoria, dança e exercícios físicos, a caminhada teve início na Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro de Maricá, com destino a Praça Tiradentes, em Araçatiba, reunindo moradores, profissionais de saúde e da Universidade de Vassouras. Durante o trajeto, os participantes fizeram a soltura de balões amarelos, representando a idéia de deixar ir embora as tristezas e dores.

Participantes elogiaram a ação

Além de melhorar o condicionamento físico, a prática regular de atividade física também melhora a capacidade cognitiva e diminui os níveis de ansiedade e estresse de maneira geral. A caminhada foi um ótimo exemplo de como aliar a saúde física e mental num único momento.

Vanusa Maria dos Santos, 42 anos, participou da atividade e passou um recado importante para a população

“Amei esse evento e ele é fundamental para lembrar as pessoas a importância do cuidado com a saúde mental. Convido você que sente triste, angustiado, deprimido, a procurar ajuda na Rede de Saúde. Converse com as pessoas e tenha certeza que você é importante para alguém”, destacou.

A enfermeira da UPA Inoã, Karina Oliveira, também foi uma das participantes que mostrou muita esperança com a campanha.

“A mobilização do setembro amarelo é importante devido ao acolhimento das pessoas que pensam em suicídio e que muitas das vezes está do nosso lado e a gente não tem o olhar para isso. Por isso, eu acho que essa campanha é fundamental para a população e profissionais de saúde”.

Saiba como procurar ajuda em Maricá

Os sinais mais comuns de quem precisa de ajuda são o isolamento e falta de interesse por coisas que gosta de fazer e por outras pessoas; não se importar mais com atividades diárias; dizer muitas frases relacionadas à morte; entre outros. Por isso, é muito importante que os familiares e amigos fiquem atentos e, percebendo os sinais de alerta, procurem ajuda profissional o quanto antes.

Em Maricá, os moradores contam com acolhimento qualificado na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). A porta de entrada para os serviços de saúde mental é a Unidade de Saúde da Família (USF) de referência do usuário, ou seja, a mais próxima da sua residência. Entretanto, os CAPS também atendem por demanda espontânea, ou seja, é possível procurar esses locais sem necessidade de encaminhamento.

O município inaugurou este ano o Caps 3, que possui acolhimento multiprofissional 24 horas para pessoas de todas as faixas etárias com sofrimento psíquico grave e/ou persistente. Atualmente, 830 usuários estão em acompanhamento no local. No primeiro semestre de 2023, mais de 4 mil pessoas foram atendidas, 86% a mais se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados pouco mais de 2.300 atendimentos.

A cidade também conta com quatro Equipes Multidisciplinares de Atendimento Psicossocial (EMAPs) que se dividem por distrito e operam de modo volante, em cada uma das USF de Maricá. Usualmente, as equipes de saúde da família das USF acionam os profissionais para apoiar os manejos de casos de moderada complexidade, quando considerados os sofrimentos psíquicos e os transtornos mentais, independente da faixa etária, sempre a partir da identificação das complexidades em saúde mental e da avaliação profissional.

Maricá tem ainda o CAPS Álcool e Outras Drogas (CAPS AD), o CAPS infanto-juvenil (CAPS I), e três espaços do Serviço de Residência Terapêutica (SRT). Além disso, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inoã e o Hospital Municipal Conde Modesto Leal são os pontos de atenção da RAPS, atuando na retaguarda à crise dos usuários, como em caso de tentativa de suicídio, por exemplo.

Representando a equipe de psicologia do Hospital Municipal Conde Modesto Leal, a psicóloga Rosimere Cardoso lembrou da importância de estender ajuda.

“Nós acolhemos e encaminhamos o paciente que chega em surto para as redes de apoio como os CAPS e postos de saúde para dar o suporte. Se estiver precisando de ajuda, procure ajuda. O psicólogo tem a escuta diferenciada para acolher e ouvir sem julgamentos”, comentou.





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